sábado, 23 de novembro de 2013

CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO


Compare as duas frases:

1 – Faça uma fogueira com o máximo cuidado.
2 – Seu rosto foi consumido pela fogueira das minhas recordações.

A palavra fogueira tem dois significados, dependendo do contexto em que aparece: na frase 1, significa lenha ou outra matéria combustível empilhada, a qual se lança fogo; na frase 2, significa ardor, exaltação, entusiasmo.

No primeiro caso, a palavra fogueira está empregada em seu sentido denotativo.
denotação consiste em utilizar as palavras no seu sentido próprio, literal, comum, ou seja, aquele existente nos dicionários.

Já, na segunda frase, a palavra foi usada em sentido conotativo, pois a ela foi atribuída um novo significado.
Conotação é, portanto, o emprego de uma palavra em seu sentido figurado. Em textos literários, há predomínio da conotação.

A conotação de uma palavra pode variar de indivíduo para indivíduo numa mesma comunidade, de acordo com as experiências pessoais de cada um.

Outros exemplos:

Prefiro responder-lhe pelas páginas de uma revista. (denotação)
Você é uma página virada na história da minha vida. 
(conotação)
Os adversários lutaram até o anoitecer. 
(denotação)
A criança luta todas as noites contra o sono.
 (conotação)

Exercícios Conotação e denotação

1 - Indique os vários sentidos em que foi empregada a palavra "grave".

A – sério   B – importante   C – repreensivo   D – sonoro   E – trágico    F - penoso, doloroso

a)     A mãe, não gostando da atitude do filho, lançou-lhe um olhar grave. (Repreensivo)
b)   Graves razões trouxeram-me aqui. (importante)
c)    Deram-me a grave delegação de informar-lhe sobre a morte de seu pai. (Penoso/doloroso)
d)   O dono da fazenda era um homem  frio, ajuizado, grave, de poucas palavras e nenhum sorriso. (Sério)
e)    A família sofreu um acidente grave. (Trágico)
f)     No coro da igreja, destacava sua voz grave. (Sonoro)

2 – Informe se nas frases abaixo as palavras destacadas estão empregadas em sentido denotativo ou conotativo.
a)    Nas ruas, as pessoas andavam apressadas. (Denotativo)
b)   As ruas eram cheias de pernas apressadas. (Conotativo)
c)    Temos amargas lembranças daquele período de autoritarismo político. (Conotativo)
d)   Era uma pessoa de expressão dura e coração mole. (Conotativo)
e)    Os galhos da imensa árvore sustentavam os frutos maduros. (Denotativo)
f)     Os galhos namoravam os frutos maduros que sustentavam. (Conotativo)

3 - Escreva (d) para o sentido denotativo e (c) para o sentido conotativo nas frases abaixo:

a. ( C ) Meu pai é meu espelho
b. ( D ) Quebrei o espelho do banheiro
c. ( C ) Essa menina tem um coração de ouro.
d. ( C ) A Praça da Sé fica no coração de São Paulo.
e. ( D ) Fez um transplante de coração.
f. ( C ) Você é mesmo mau: tem um coração de pedra.
g. ( C ) Para vencer a guerra era preciso alcançar o coração do país.
h. ( C ) Completou vinte primaveras.
i.  ( D ) Na primavera os campos florescem.




FIGURAS DE LINGUAGENS


FIGURAS DE LINGUAGEM

É a capacidade que possuímos de expressar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. A Linguagem está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há comunicação, há linguagem. Num sentido mais genérico, a Linguagem pode ser classificada como qualquer sistema de sinais que se valem os indivíduos para comunicar-se.

Metáfora:
A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real.

Ex.: Seus olhos são luzes brilhantes.
Aquele homem é um leão.

Comparação
Consiste na aproximação de duas ideias diferentes em uma característica comum a ambas, por meio de nexos comparativos (tal qual, tal, como, quanto, etc.).

Ex.: Ele é tão alto quanto um arranha-céu. (característica comum: altura).

Catacrese:
Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro "emprestado". Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original.

Ex.: Asa da xícara – Maçã do rosto – Pé da mesa – Batata da perna – Braço da cadeira.

Eufemismo:
Consiste em empregar uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera, desagradável ou chocante.

Ex.: Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor. (= morreu)
       O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
       Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)

Ironia:
Consiste em dizer o contrário do que se pretende ou em satirizar, questionar certo tipo de pensamento com a intenção de ridicularizá-lo, ou ainda em  ressaltar algum aspecto passível de crítica.

Ex.: Como você foi bem na última prova, não tirou nem a nota mínima!
        Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto.

Hipérbole:
É a expressão intencionalmente exagerada com o intuito de realçar uma ideia.
 
Ex.: Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
        Nossa! Acho que comi um boi inteiro.

Exercícios
1 - Identifique as figuras usadas nas frases abaixo:

a) O gato é preguiçoso como uma segunda-feira. Comparação
b) Coitado do Durval: não foi feliz na prova. Eufemismo
c) Gastei  rios de dinheiro no meu curso de computação. Hipérbole
d) Estou esperando você há séculos! Hipérbole
e) Era uma pessoa que não raramente faltava com a verdade. Eufemismo
f) A paixão é como um fogo. Comparação
g) O mar é a mais larga estrada… Metáfora
h) Santarém é um livro de pedra. Metáfora
i) Os seus cabelos pareciam fios de ouro… Comparação
j) Tem o coração duro como uma rocha. Comparação
k) Os frutos desta árvore são doces como o mel. Comparação
l) Os teus olhos são duas pérolas. Metáfora

2. “No sertão, ao cair da noite, todos tratam de dormir, como os passarinhos. As trevas e o silêncio são sagrados ao sono, que é o silêncio da alma”.

Retire desse fragmento uma figura de linguagem, nomeando-a.

Resposta: “O silêncio da alma”, Metáfora.

3. Assinale a alternativa em que se identifica a figura de linguagem predominante no trecho:

“As rodas dentadas da pobreza, ignorância, falte de esperança e baixa autoestima se engrenam para criar um tipo de máquina do fracasso perpétuo que esmigalha os sonhos de geração a geração. Nós todos pagamos o preço de mantê-la funcionando. O analfabetismo é a sua cavilha”.

a) Eufemismo b) Comparação c) Metáfora d) Ironia e) Hipérbole

Resposta: c

Nesse texto há uma série de metáforas ((“rodas dentadas”, “engrenam”, “máquina do fracasso”, “esmigalha os sonhos”, “cavilha”) compondo uma verdadeira alegoria a respeito dos fatores que condicionam a exclusão social do indivíduo.


PROVÉRBIOS

Provérbios ou ditados populares

Provérbios ou ditados populares são frases que apresentam conselhos e/ou ensinamentos. São fórmulas prontas de raciocínio, que nos permite falar sem pensar muito. Surgem da boca do povo, mas nem sempre usam de sabedoria.

- Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.
- Cada cabeça uma sentença.
- Deus ajuda quem cedo madruga.
- Quem não arrisca não petisca.

Um aluno encontra um relógio no chão durante o recreio da sua escola. Logo diz ao amigo: “achado não é roubado” e pega o relógio para si.

O que há de errado nesta situação? Por que o provérbio está sendo usado de forma equivocada? Essa foi uma atitude certa? Demonstre, por meio desse exemplo, que nem sempre os provérbios são uma verdade incontestável. Registrar no cartaz todos os comentários dos alunos.

Avaliação:
Leia estes provérbios e escreva o que significam:
a)           Filho de peixe, peixinho é.
b)           Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
c)            Um dia da caça, outro do caçador.
d)           Em boca fechada não entra mosca.
e)           A galinha do vizinho é sempre mais gorda.
f)            Não se pode julgar um livro pela capa.
g)           Nem tudo que reluz é ouro.
h)           É uma faca de dois gumes.
i)             Em terra de cego, quem tem um olho é rei.

j)             Quando a esmola é demais, o santo desconfia.

OUTROS PROVÉRBIOS

Lista de provérbios populares:

- Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
- Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
- A pressa é a inimiga da perfeição.
- Cavalo dado não se olha os dentes.
- A ocasião faz o ladrão.
- A mentira tem perna curta.
- Quando um não quer, dois não brigam.
- Gato escaldado tem medo de água fria.
- O boi engorda é com o olhar do dono.
- A morte não chega de véspera.
- Antes calar que mal falar.
- Quem tem boca vai à Roma.
- Deus ajuda quem cedo madruga.
- Caiu na rede é peixe.
- Casa de ferreiro, espeto de pau.
- O seguro morreu de velho.
- Cada macaco no seu galho.
- Quem tudo quer nada tem.
- De grão em grão a galinha enche o papo.
- Errar é humano.
- Falar é fácil, fazer é que é difícil.
- Nada como um dia depois do outro.
- Nunca digas que desta água não bebereis.
- O barato sai caro.
- Onde há fumaça, há fogo.
- Quem ama o feio, bonito lhe parece.
- Quem espera sempre alcança.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

EMPREGO DOS POR QUÊS.

USA-SE POR QUE
Nas frases interrogativas diretas e indiretas e quando estiverem expressas ou subtendidas a expressões "por qual razão", "por qual motivo":

Exemplos:
Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa.
Por que você comprou este casaco?

Há casos em que por que, equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais).

Exemplos:
Estes são os direitos por que estamos lutando.
O túnel por que passamos existe há muitos anos.

USA-SE POR QUÊ
Quando a expressão aparecer em final de frases ou sozinha.

Exemplos:
Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?
Será deselegante se você perguntar novamente por quê!

USA-SE PORQUE
A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa.

Exemplos:
Vou ao supermercado porque não temos mais frutas.
Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar?

USA-SE PORQUÊ
A forma porquê representa um substantivo. Significa (sinônimo) de "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo).

Exemplos:
Não consigo entender o porquê de sua ausência.
Existem muitos porquês para justificar esta atitude.
Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.

CARICATURA

                      CARICATURA

Caricatura é um desenho de um personagem da vida real, tal como político e artistas. Porém, a caricatura enfatiza e exagera as características da pessoa de uma forma humorística, assim como em algumas circunstâncias acentua gestos, vícios e hábitos particulares em cada indivíduo.

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Presidente Dilma Rousseff          Ronaldinho Gaucho             Presidente Barack Obama

TIRINHAS

                                          TIRINHA

Tirinha é uma sequência de quadrinhos que geralmente faz uma crítica aos valores sociais. É publicada com regularidade, e as mais famosas, ou ao menos mais usadas em vestibulares, são as da personagem Mafalda.

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CARTUM

                                                        
Cartum utiliza a caricatura, porém, diferente da charge, ele não retrata personagens conhecidos e não tem como objetivo satirizar uma situação atual, simplesmente faz graça com uma situação cotidiana. É algo próximo de uma piada.

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                                  ATIVIDADE 01

Veja a cartum abaixo e diga o que você sabe sobre o assunto tratado na mesma. Para facilitar seu trabalho, escreva pequenos períodos (frases) respondendo as perguntas: Sobre o que ela fala? É um problema atual? Como ele afeta sua vida? Há solução para o problema?




                                        ATIVIDADE 02



a) Observe o texto utilizado pelo médico para se dirigir ao paciente. Essa maneira lhe parece adequada? Por quê?

 b) A cartum critica, pela ironia, uma situação muito recorrente na realidade brasileira. A que situação se faz referência?

CHARGES

                           
Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar (zombar), por meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com um ou mais personagens envolvidos.

Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social onde o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações, a fim de demonstrar indignação e insatisfação com a situação vigente e cotidianas através do humor e da sátira (chacota, gozação) .

Para entender uma charge, não é preciso ser, necessariamente, uma pessoa culta, basta estar por dentro do que acontece ao seu redor.

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                                  ATIVIDADE CHARGE


Elabore uma charge com a finalidade de criticar uma situação polêmica que vem ocorrendo na sua escola ou em outro lugar. Os temas sugeridos são: ensino público, política, violência doméstica, desarmamento e violência urbana.

O objetivo é fazer um  varal a ser exposto na escola.